Pulgão: O que é e Como Acabar com Essa Praga na Lavoura

Você, produtor agrícola, já deve ter se deparado com um dos inimigos mais insidiosos das suas plantações: o pulgão.

Esse minúsculo inseto pode causar estragos significativos nas suas plantas, afetando a cultura e a agrícultura como um todo.

Mas não se preocupe, neste artigo, vou apresentar tudo o que você precisa saber sobre o pulgão, desde a sua identificação até as estratégias eficazes para controlá-lo.

 

Características Morfológicas do Pulgão

 

Os pulgões são criaturas diminutas, medindo de 1,5 mm a 3 mm.

Sua aparência pode variar de acordo com a espécie, mas em geral, eles apresentam corpo arredondado e podem ser encontrados em uma gama de cores, como verde, marrom e preto.

Esses insetos têm uma característica única: um par de tubos chamados cornículos na parte de trás do corpo, que expelem uma substância açucarada conhecida como seiva.

 

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Danos causados nas culturas agrícolas

A presença dos pulgões nas áreas de produção agrícola pode ter consequências devastadoras para as culturas.

Especialmente no início do desenvolvimento reprodutivo, esses pequenos insetos podem resultar em uma redução significativa na produção.

Por exemplo, em plantações de soja, essa diminuição pode ser alarmante, alcançando até 40% da produção.

Quando afetam plantas durante o período reprodutivo, os pulgões podem causar uma série de complicações.

A fumagina, por exemplo, pode prejudicar a fecundação das plantas, reduzir a liberação de pólen e até mesmo provocar falhas no processo de granação.

No caso das plantações de milho, os pulgões possuem a capacidade de gerar espigas estéreis ou incompletas devido à sua notável rapidez na reprodução, resultando em populações elevadas.

Para piorar, esses insetos introduzem toxinas nos tecidos das plantas, acelerando a queda prematura das folhas.

As toxinas também facilitam a entrada de fungos que causam a formação de fumagina na lavoura.

A fumagina, que cobre as superfícies das plantas, compromete a fotossíntese, respiração e transpiração, resultando na interrupção dos processos vitais da planta.

A coloração escura desse fungo contribui para que ele absorva mais radiação solar, muitas vezes resultando na queima das folhas e sua subsequente queda.

Em culturas como o algodão, a fumagina reduz a qualidade das maçãs e do produto final da colheita.

Além disso, a fumagina pode proliferar nas secreções produzidas por outros insetos, como a cochonilha e a mosca-branca.

Os danos causados pelos pulgões são amplos e incluem:

  •  Amarelecimento das folhas devido à drenagem de nutrientes durante a sucção da seiva;
  •  Encarquilhamento, causando deformações e redução no tamanho dos tecidos;
  •  Distúrbios nas folhas;
  •  Nanismo dos brotos;
  •  Formação da fumagina;
  •  Injeção de toxinas, que prejudicam significativamente o crescimento das plantas;
  •  Transmissão de vírus;
  •  Em algumas espécies de pulgões (embora poucas), a formação de galhas também é possível.

A compreensão dos danos causados pelos pulgões é vital para adotar medidas preventivas e de controle, garantindo colheitas saudáveis e produtivas.

A Ameaça dos Vírus Transmitidos pelos Pulgões

 

Além dos danos diretos que causam às plantas, os pulgões também são conhecidos por transmitir diversos vírus prejudiciais às culturas agrícolas.

Quando se alimentam, eles podem introduzir esses vírus nas plantas, levando a doenças que podem dizimar toda uma lavoura. Essa capacidade de disseminar doenças torna o controle dos pulgões ainda mais crucial para a saúde das suas plantações.

 

Controlando os Pulgões de Maneira Eficiente

 

Para enfrentar a presença indesejada dos pulgões na lavoura, uma abordagem fundamental é a adoção do MIP (Manejo Integrado de Pragas).

Essa técnica consiste na aplicação de diversas estratégias para manter a população desses afídeos em níveis controlados, evitando prejuízos econômicos significativos.

É crucial que o controle químico seja empregado com cautela, levando em consideração o manejo de resistência. Essa medida impede que os inseticidas percam eficácia ou sofram redução na sua capacidade de controlar os pulgões.

Algumas ações de manejo que podem ser adotadas para combater eficazmente os pulgões incluem:

  • Realizar monitoramento frequente das pragas na lavoura, a fim de avaliar a população de pulgões;
  • Eliminar plantas que servem de hospedeiras para os pulgões, reduzindo seu habitat;
  • Empregar o controle biológico, utilizando inimigos naturais que atacam os pulgões;
  • Utilizar o controle químico, aplicando inseticidas apropriados ou tratando as sementes com produtos registrados no Agrofit, específicos para a praga e a cultura;
  • Aplicar cobertura do solo com materiais repelentes aos pulgões;
  • Explorar opções de controle alternativo e outras estratégias pertinentes.

Ao seguir essas orientações, você estará melhor preparado para enfrentar os pulgões de maneira eficiente, promovendo uma lavoura mais saudável e produtiva.

Lembre-se de que a combinação adequada de técnicas é fundamental para obter resultados satisfatórios no combate a essa praga agrícola.

O controle alternativo para o pulgão pode ser utilizado para a agricultura orgânica e ainda pode preservar os inimigos naturais. Existem várias receitas, como o uso do sabão neutro.

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Utilizando Soluções Naturais e Químicas

 

Além disso, você pode recorrer a soluções naturais e químicas para combater os pulgões. Produtos à base de neem, por exemplo, são conhecidos por suas propriedades repelentes e inseticidas.

Outra abordagem é o uso de inseticidas químicos, mas lembre-se de escolher produtos que sejam eficazes contra os pulgões e seguros para o meio ambiente.

 

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Adotando Práticas de Manejo Integrado de Pragas

 

Uma estratégia cada vez mais adotada é o manejo integrado de pragas (MIP), que envolve a combinação de diversas táticas para controlar os pulgões de forma sustentável.

Isso inclui o monitoramento constante das lavouras, o uso de práticas culturais que reduzam a incidência de pulgões e a aplicação precisa de produtos químicos quando necessário.

 

Estratégias Integradas de Controle

 

A implementação de estratégias integradas de controle é crucial para lidar com os pulgões de maneira eficaz e sustentável.

Ao adotar uma abordagem holística, você reduz a dependência de produtos químicos, preserva o equilíbrio do ecossistema e promove colheitas mais saudáveis.

Lembre-se de que a saúde do solo, a rotação de culturas e a diversidade de plantas também desempenham um papel vital na prevenção e no controle das infestações de pulgões.

 

Monitoramento Constante e Ação Oportuna

 

O monitoramento constante das suas plantações é uma etapa fundamental no controle de pulgões. Ao identificar infestações precocemente, você pode tomar medidas antes que os danos se tornem irreparáveis.

Inspeções regulares, seja visualmente ou com a ajuda de armadilhas adesivas amarelas, ajudam a determinar a presença e a gravidade dos pulgões, permitindo ações oportunas de controle.

 

Conclusão

 

A batalha contra os pulgões nas suas plantações po20de parecer desafiadora, mas com o conhecimento certo e a implementação das estratégias adequadas, é possível minimizar os danos causados por esses insetos.

A agricultura enfrenta muitos obstáculos, e o pulgão é apenas um deles. Seja por meio de soluções naturais, controle biológico ou abordagens químicas responsáveis, você pode proteger suas plantações e garantir colheitas saudáveis e abundantes.

 

Agora que você sabe mais sobre o pulgão e suas ameaças, como você planeja implementar medidas de controle eficazes na sua lavoura?

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Bruno Paniago

Bruno Paniago

Graduação em Agronomia pela Universidade Anhanguera-Uniderp (2009), especialização em Produção e Processamento de cana-de-açúcar pela Universidade Anhanguera-Uniderp (2010), mestrado em Biotecnologia: aplicada a agropecuária, pela Universidade Católica Dom Bosco - UCDB (2013). Experiência em Agronomia / Processamento de cana-de-açúcar / Genética Vegetal (Brachiaria sp.) / Biologia Molecular; Doutorado em Biotecnologia Vegetal, pela Universidade Federal de Lavras - UFLA, MG. Formação Pedagógica em Ciências Biológicas pela FIAR (2019). Atualmente é Consultor na Agrointeli atuando como Customer Success (CS) oferecendo aos produtores rurais novas experiências com a agricultura digital.
Bruno Paniago

Bruno Paniago

Graduação em Agronomia pela Universidade Anhanguera-Uniderp (2009), especialização em Produção e Processamento de cana-de-açúcar pela Universidade Anhanguera-Uniderp (2010), mestrado em Biotecnologia: aplicada a agropecuária, pela Universidade Católica Dom Bosco - UCDB (2013). Experiência em Agronomia / Processamento de cana-de-açúcar / Genética Vegetal (Brachiaria sp.) / Biologia Molecular; Doutorado em Biotecnologia Vegetal, pela Universidade Federal de Lavras - UFLA, MG. Formação Pedagógica em Ciências Biológicas pela FIAR (2019). Atualmente é Consultor na Agrointeli atuando como Customer Success (CS) oferecendo aos produtores rurais novas experiências com a agricultura digital.
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