As Tecnologias na Agricultura estão cada vez mais presente nas lavouras do país certo?
Pensando nisso, tenho uma pergunta a fazer: Você sabe como era a agricultura antes das tecnologias “agtechs” atualmente disponíveis?
Para responder, irei ajudá-los a conhecer rapidamente as 4 revoluções que a agricultura passou até os dias de hoje.
Na agricultura 1.0, a primeira “revolução” do agro, o grau de automação era mínimo – para não dizer nulo – com baixos recursos tecnológicos e produtividade baixíssimas, com as atividades sendo feitas a mão e visando apenas a subsistência.
Já a Agricultura 2.0 é representada pelas máquinas e avanço da ciência. Ela ocorreu por volta da década de 50. Neste momento, ocorreu o início da produção em escala, o comércio global, o fornecimento de insumos, dentre outros.
A Agricultura 3.0 é bem mais recente, sendo datada entre 1990 e 2010. Nela começou-se a introduzir no mercado a automação e a sustentabilidade. Esta revolução é também representada pela coleta de dados que contribuem com a produtividade do campo e ajudam os agricultores a tomarem as melhores decisões.
Ou seja, ao longo dos séculos a agricultura mundial vem passando por várias revoluções no seu perfil e sistemas produtivos, principalmente em decorrência do êxodo rural e das inovações tecnológicas e de gestão. A atividade passou da simples domesticação de plantas e animais para subsistência, para o desenvolvimento de pequenas ferramentas e a disseminação de técnicas para aumentar a produção.
Mas o boom da nova era digital veio mesmo com a Agricultura 4.0, iniciada a partir de 2010.
Esse boom se deu a partir dos significativos avanços tecnológicos baseados em hardwares e softwares, conhecidos como agricultura digital, que expandiram a escala e a velocidade da produção, permitindo produtividades dos equipamentos agrícolas cada vez maiores e levando a cultivos de nossas terras de forma muito mais eficiente.
Essa é a prova de que a agricultura vive uma evolução constante, principalmente com o objetivo de atender a crescente demanda por alimentos ao mesmo tempo que há oferta cada vez menor de terras e insumos agrícolas. Assim, os próximos anos do agro prometem!
A conquista da inovação e o avanço das tecnologias agrícolas serão essenciais também para que a indústria agrícola alimente 9,7 bilhões de pessoas, como indicam as projeções para 2050, 34% a mais do que é hoje. Há ainda crescentes pressões ambientais e sociais, que exigem práticas agrícolas mais éticas e sustentáveis, como priorizar o bem-estar dos animais e o uso reduzido de produtos químicos e da água.
Assim, inteligência artificial, análises de dados, sensores conectados e outras tecnologias emergentes começam a contribuir ainda mais com a conquista do máximo rendimento agrícola, permitindo a máxima sustentabilidade e resiliência da atividade.
Diante dessa necessidade, irei listar as 5 principais tecnologias que o agro brasileiro e mundial fará uso já nos próximos anos e que certamente contribuirão com a máxima produtividade agrícola.
1. Drones e VANTS: Informações completas e mais rápidas de toda a área
Os Drones e Vants são os grandes responsáveis pela virada do jogo do ambiente agtech e da adoção do sensoriamento remoto no agro.
A vantagem mais significativa das imagens de sensoriamento remoto obtidas por meio de drones e Vants é o conhecimento sobre o estado da cultura em crescimento no momento em que os dados foram adquiridos.
No entanto, o sensoriamento remoto de forma nua e crua não mostra o que precisa ser feito, ou seja, sem interpretação correta ou análise mais assertiva o agricultor verá apenas belas imagens e nada mais.
Por isso, para oferecer maior embasamento à adoção destes equipamentos, em um futuro próximo, o avanço da inteligência artificial certamente irá representar a verdadeira virada em prol da máxima produtividade.
Fonte: Internet of Business
Essa virará ocorrerá à medida que a conversão destes dados em informações utilizáveis, permitindo melhor monitoramento e planejamento de toda a fazenda, ajudando na precisão de resolução de problemas, permitindo um maior detalhamento e tratamento individual de plantas e animais.
Por exemplo, no futuro os agricultores serão capazes de acompanhar 100% das áreas de sua propriedade em questão de minutos, sendo que ao fazer esse acompanhamento visual e manual é possível acompanhar aproximadamente 10% durante o mesmo período de tempo.
Dessa forma, os drones e VANTs ajudarão a economizar tempo e custos valiosos, ao mesmo tempo em que melhoram o conhecimento da fazenda por meio da coleta e assimilação de milhões de pontos de dados ou “big data”.
Associado aos drones, no futuro próximo, acredito que teremos softwares de IA que serão capazes de analisar esse “big data” e usá-lo para direcionar sistemas robóticos para realizar tarefas específicas, incluindo pulverização, plantio ou colheita.
Essas tecnologias também serão capazes de prever períodos de colheita, média de produtividade e requisitos de logística. Tudo isso permitirá aos agricultores estenderem seus resultados financeiros.
2. Avanços na Robótica: Pequenas áreas serão cada vez mais produtivas
Fonte: AgFunder News
Ao longo de muitas décadas passadas, a agricultura tinha a crença de que “quanto maior, melhor”, assim definiu-se a necessidade de que grandes áreas agricultáveis fossem necessárias para produção de alimentos em larga escala. Tudo isso tornou as operações em pequena escala impraticáveis e pouco competitivas.
Mas os avanços na área robótica estão ameaçando perturbar esse modelo de condução do agronegócio, baseado em latifúndios. Com o avanço da tecnologia teremos robôs inteligentes que mudarão o modelo econômico da agricultura para que pequenos produtores tenham o potencial técnico de competição com grandes produtores.
Um exemplo muito interessante deste tipo de funcionalidade baseia-se no uso de robôs que, junto com ao aprendizado de máquina (IA), irão permitir que dados visuais possam auxiliar na tomada de decisões para identificar se uma planta é ou não uma erva daninha ou se a mesma contém pragas indesejadas.
Neste cenário, cito um case muito interessante e que ocorre na região de Ramonville-Saint-Agne, na França, conhecida como uma região produtora de um dos vinhos mais proeminentes do Velho Mundo, o Château Mouton-Rothschild.
Essa famosa propriedade se configura como um dos vários produtores de vinho que usam um robô “matador” de ervas daninhas , que foi feito sob medida da empresa.
Elétrico e em forma de U invertido, este robô consegue percorrer simultaneamente os lados de uma mesma fileira de videiras, usando a navegação por satélite RTK para permanecer no curso, Para isso, um drone mapeia a área inicialmente, oferecendo todas as informações necessárias quanto à localização.
Em seguida ,lâminas e arrancadores correm ao longo da base, puxando ervas daninhas indesejáveis das videiras e, consequentemente, diminuindo a necessidade de herbicidas.
A partir desse exemplo, é possível observar que a robótica do futuro e as tecnologias de detecção terão o potencial de resolver problemas tão antigos quanto a própria agricultura tornando a produção agrícola significativamente mais eficiente e mais sustentável, mesmo em pequenos espaços, como estufas e galpões. É a Agtech buscando seu espaço no campo.
3. Máquinas agrícolas inteligentes e autônomas: A “revolução das máquinas” já começou!
Você sabia que foi somente por volta dos anos 1.600 que foram desenvolvidos instrumentos para uso no agro, como o abanador de cereais e semeadores mecânicos puxados por animais (burros, bois e cavalos) e pelo braço humano?
Mas foi apenas com a Revolução Industrial e o crescimento da população urbana que novas tecnologias e máquinas específicas para o agro foram sendo criadas e implementadas nas diferentes etapas de adubação, plantio e colheita.
A mecanização no campo se tornou uma tendência irreversível já no início do século XX, quando a venda desses implementos agrícolas cresceu em grande escala. Mas foi somente após a Segunda Guerra Mundial que a tração manual foi totalmente substituída pela força mecânica nas lavouras da América do Norte e da Europa.
Com o tempo, foram sendo agregadas às máquinas novas tecnologias que aumentaram sua produtividade e reduziram custos e desperdícios. Um exemplo foi a roda de ferro, substituída pelo modelo pneumático de borracha e o sistema de controle hidráulico, que foi melhor desenvolvido, além da evolução de mecanismos que permitiam uma melhor distribuição do peso do veículo e um engate mais eficiente entre trator e implemento.
Por fim, chegamos à era da automação, onde o uso de controles de GPS mais precisos e emparelhados com visão computacional e sensores cada dia mais específicos surgiram para facilitar a promoção e implantação de máquinas agrícolas inteligentes e cada dia mais autônomas no futuro.
Por meio desse conjunto de tecnologias, os agricultores poderão, em um futuro próximo, operar uma variedade de equipamentos simultaneamente e sem intervenção humana direta, liberando tempo e outros recursos.
Os tratores autônomos usam uma série de sistemas e sensores altamente sofisticados. Fazendo com que os agricultores experimentem um efeito tecnológico positivo no local de trabalho.
O exemplo atual e de maior sucesso do uso de máquinas autônomas é o trator autônomo da CASE IH, modelo Magnum, ainda em seu formato de protótipo. Este trator apresenta muitas funcionalidades e indica como será o futuro autônomo, como podemos ver no vídeo a seguir:
Tais máquinas autônomas serão muito mais eficientes e precisas na realização das atividades a campo quando comparadas às máquinas operadas por humanos, resultando em maior economia de combustível associada a um rendimento muito maior, independentemente da atividade realizada.
Além disso, uma das maiores vantagens que a autonomia total oferece sobre a operação humana – mesmo de um veículo equipado com direção automática ou um veículo totalmente autônomo – é a consistência absoluta, ou seja, não importa se a máquina está trabalhando na primeira hora ou na última hora, a qualidade do trabalho será sempre a mesma.
O objetivo central, capaz de oferecer maior respaldo, para uso máquina autônoma é remover o trabalho humano de tarefas repetitivas que exigem longas horas de trabalho. É uma utopia de produtividade, em que as tarefas podem ser realizadas 24 horas por dia, com sistemas de monitoramento sofisticados, eliminando suposições e permitindo que as máquinas tomem suas próprias decisões.
Alternativamente, tratores autônomos podem ser configurados para funcionar como pontos de acesso móveis para coletar dados de sensores no campo.
Porém, apesar do elevado avanço desse tipo de tecnologia, o setor ainda terá que enfrentar um sério desafio: a Legislação. Na grande parte do mundo, ela ainda não se mostra preparada para regular esse tipo de atividade e a tendência é que isso ainda leve algum tempo.
4.Sensores: Tudo será coletado e irá gerar a melhor informação
Você já tentou imaginar como era a coleta de dados e informações sobre a atividade agrícola antigamente?
Eu digo a vocês que, por muito tempo, essa não era uma preocupação, já que a mecanização do campo era na sua maior parte, apenas focada em máquinas e equipamentos que pudessem contribuir para agregar maior velocidade e força aos meios de produção. A máxima produtividade não era um objetivo, e sim a máxima produção.
No entanto, o desenvolvimento de tecnologias digitais dentro do agribusiness, como o georreferenciamento, softwares de gerenciamento e principalmente os sensores, trouxeram para as propriedades rurais maior inteligência para o planejamento e estratégias empregadas, gerando, coletando e analisando dados que serão utilizados para aprimorar as várias etapas do ciclo produtivo.
Dessa forma, dentro da atual agricultura 4.0 ou agricultura digital, diversos sensores já são bastante adotados no ambiente Agtech, pois permite que ele obtenha diversas informações importantes sobre sua lavoura, solo, variações climáticas, atividade de máquinas e outros elementos fundamentais.
Fonte: SensoTerra
Entretanto, observamos que a agricultura está entrando em uma era digital marcada pela Internet das Coisas (IoT) e Big Data, que tem como função gerar informações que, após serem analisadas, poderão auxiliar o produtor na tomada de decisão mais assertiva, permitindo que ele consiga alcançar melhores produtividades.
Mas para que isso aconteça, os sensores desempenham e continuarão desempenhando um papel vital neste ambiente de revolução tecnológica. Por isso, no futuro a tendência é que os sensores continuem crescendo e evoluindo com novas soluções chegando ao mercado todo dia.
Assim, além dos sensores em si, teremos dispositivos específicos capazes de agregar dados dos sensores, transmitindo informações críticas para agricultores e ajudando-os a otimizar seus processos agrícolas.
Além de potencializar e agilizar a coleta de dados, no futuro próximo os sensores também serão capazes de realizar comandos de forma automática, executando tarefas a distância e em tempo real.
No agribusiness mundial, o mercado global de sensores agrícolas é imenso. No ano de 2019, por exemplo, ele foi avaliado em US $8,61 bilhões, e as estimativas indicam que o crescimento seja de 13,5% durante o período de previsão (2020-2025).
5.Software de gestão e monitoramento agrícola: Dados e informações serão melhores gerenciados!
A tecnologia do futuro (big data, Inteligência Artificial, drones/VANTS, sensores e máquinas autônomas) e a agricultura estão trabalhando juntos para gerar o máximo de dados e ajudar a mudar a forma com que produzimos alimentos. Será esse o cenário que irá, definitivamente, guiar o futuro do agro.
Mas para que todo esse conjunto de dados e informações ofereça a informação certa e que traga resultados é preciso revisar por completo todos os aspectos ligados à manutenção de registros dentro da fazenda.
Por isso, a última, mas não menos importante, inovação tecnológica do agro, é a adoção de softwares de gerenciamento agrícolas mais poderosos a ponto de permitir que o processo de manutenção de registros seja muito mais simples, rápido e em grande escala.
Fonte: The Daily Plan IoT
Neste ambiente, o aplicativos mobile representa um importante exemplo dessa evolução na gestão de dados em um ambiente muito mais Agtech. Com esses aplicativos, o agricultor poderá:
- Economizar tempo – com seus dados e informações em um só lugar;
- Melhorar a produtividade e lucratividade do sistema de produção;
- Tomar decisões baseadas em dados e informações confiáveis, permitindo tomadas de decisão mais assertivas.
Atualmente este tipo de plataforma de gestão e monitoramento têm se tornado um importante facilitador das tarefas do dia a dia e no gerenciamento do agronegócio, mas em um futuro próximo serão praticamente indispensáveis para todo produtor que visa conquistar maiores produtividades.
O futuro do agro é agora
Atualmente, o cenário na agricultura brasileira é promissor para quem trabalha com agricultura de precisão (AP). A McKinsey & Company realizou uma pesquisa que constatou que pelo menos 47% dos produtores usaram uma tecnologia de AP e 33% utilizaram duas delas ou mais na última safra das principais culturas no Brasil.
A pesquisa, que ouviu mais de 750 agricultores de diferentes culturas e regiões do país, indica que o grande obstáculo é a sua adoção em larga escala. Os produtores apontam que a fluência tecnológica, principalmente em relação aos maquinários, se configura como o maior impeditivo.
Por outro lado, as perspectivas são boas sendo que 53% dos entrevistados utilizam pelo menos uma tecnologia ou estão dispostos a adotar pelo menos uma nas próximas duas safras.
Diante disso, as soluções e tendências da tecnologia na agricultura do futuro são favoráveis e demonstram cada vez mais poder na revolução do setor rumo a uma produção de alimentos sustentável e com a qualidade e quantidade necessárias para alimentar o mundo. Os números e diversos casos comprovam isso.
Com a redução de custos cada vez mais potencializada pela constante evolução da tecnologia, a rentabilidade das fazendas tende a se tornar significativamente maior, possibilitando com que os produtores sejam mais eficientes e sustentáveis, além de receberem muito mais por suas mercadorias.
Por consequência o ganho de produtividade também será elevado a ponto de gerar maior renda para indústrias agrícolas, produtores e todos que têm no agro sua fonte de renda.
A criação de softwares, hardwares e algoritmos é essencial para a geração de dados que podem ser usados estrategicamente pelo agricultor na gestão de sua propriedade, para aumentar o rendimento agrícola e a sustentabilidade no campo. Além disso, o papel dos consumidores ajuda a acelerar os movimentos globais em direção à criação de conjuntos de produtos e serviços e a redução do desperdício de alimentos.
Nesse sentido, as soluções contribuem para a sociedade e o meio ambiente, pois a responsabilidade pela produção da maior parte dos alimentos do mundo, está espalhada por mais de 500 milhões de pequenos e fazendas de médio porte.
Entretanto, infelizmente, um grande número de pequenos agricultores não têm a oportunidade de investir em tecnologia em suas fazendas, o que limita sua capacidade de investir em melhorias para obter maiores e melhores rendimento de qualidade.
O clima está mudando, a água e a terra estão escassas, e a população do planeta aumentará em quase 50% nos próximos 30 anos. Para atender a essa população, estima-se que a indústria agropecuária precisará produzir 70% mais alimentos. Isso significa ter aproximadamente 1 bilhão de toneladas a mais de trigo, arroz e outros cereais por ano.
Então, é necessário, portanto, aumentar a produção de forma sustentável, com o mínimo possível impacto nos recursos hídricos, socioambientais e energéticos.
Além disso, indico mais um dado. Você sabia que as fazendas com maior potencial para produção crescente estão na África e na América Latina. Ou seja, mais de 40% do aumento na produção mundial virá do Brasil.
Sendo assim, garanto a vocês que os produtores, essencialmente os brasileiros, precisam estar prontos para receber o futuro tecnológico em suas fazendas, somente assim sairão na frente nessa nova onda tecnológica e promissora do agtech.
Muito bom este artigo! Sou amante de tecnologias e saber o quão elas podem ser utilizadas no campo da agronomia é fantástico! Trabalho com gramacultura, principalmente de 6 diferentes tipos: grama Esmeralda, grama São Carlos, grama Batatais, grama Bermudas, grama Coreana e grama Santo Agostinho. E, para cada uma delas, o tratamento é diferente. Já usamos drones para verificar por cima, mas creio que usar tecnologias para monitorar e fazer os devidos ajustes seria fantástico. Afinal, estas gramas vão para todo o país, inclusive para todo São Paulo como Campinas, SJC, Belo Horizonte e região, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Rio… Read more »
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