Olá amigo produtor, mal saímos do cultivo do milho e já nos preparamos para a próxima lavoura, correto? É o momento do planejamento de safra, o plantio da soja se aproxima e é hora de se atentar para cada detalhe a fim de garantir o sucesso dessa empreita.
Tal etapa exige cuidado de planejamento, pois está relacionada ao destino de um processo que durará cerca de 130 dias e que pode afetar em todas as operações seguintes.
São vários os fatores que determinam se uma lavoura de soja vai apresentar alta produtividade de grãos ou não. Dentre esses vamos elencar os principais e os respectivos cuidados a serem tomados um a um:
FATORES CLIMÁTICOS
Sem dúvidas na maioria dos casos os fatores climáticos são decisivos para qualquer lavoura, isso sem diminuir os demais.
O plantio da soja está liberado para acontecer a partir da segunda quinzena de setembro nos principais estados produtores do Brasil, dentre eles Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina, quando termina o vazio sanitário.
Outros Estados como Tocantins, Bahia e Goiás realizam a semeadura a partir de outubro.
Segundo o Inmet, por uma anomalia de precipitação a previsão para o inverno indica alta probabilidade das chuvas ocorrerem dentro a ligeiramente abaixo da média climatológica em grande parte da região (FIGURA 1a), acompanhado de temperaturas acima da média (FIGURA 1b), devido a permanência de massas de ar seco e quente, principalmente nos meses de agosto e setembro, favorecendo a ocorrência de queimadas e incêndios florestais.
FIGURA 1: previsão de anomalias de precipitação (a) e temperatura média do ar (b) do modelo estatístico do INMET para o trimestre julho, agosto e setembro de 2019.
A soja: se adapta bem em temperaturas entre 20 °C e 30 °C. A semente precisa absorver metade do seu peso em água, o que é mais fácil de ocorrer em torno de 30 °C.
Portanto caro amigo conforme as previsões e necessidade da cultura é preciso se atentar para esse fator e a AGROINTELI possui ferramentas específicas que muito lhe ajudarão nesse controle por meio da agricultura de precisão como vimos em outro post.
A Agrointeli te mostra os mapas de chuvas em tempo real da sua propriedade. Com isso, você consegue se planejar nas entradas de maquinário no plantio.
PREPARO DO SOLO
São considerados os mais adequados à cultura, aqueles de declive suave, profundos, textura média e teor de argila entre 15 e 35%.
É indispensável ao sistema radicular ainda que possua boa estrutura, com drenagem adequada, boa capacidade de retenção de água e de nutrientes e, friabilidade.
O Sistema de Plantio Direto (SPD) revolucionou as lavouras de soja nas últimas safras. Esse sistema consiste em depositar sementes, plantas ou partes de plantas no solo, na ausência de sua mobilização intensa com aração, escarificação e/ou gradagem, e manutenção dos resíduos culturais na superfície do solo.
Associado a novas tecnologias, o SPD aposentou os arados e abriu caminho para expansão das lavouras e consecutivos recordes de produtividade, especialmente na soja. Atualmente, predomina em 80% dos 36 milhões de hectares dedicados à produção de grãos.”
FIGURA 3: Sistema de plantio direto em soja / Fonte: SENARMT
Em estudos da Embrapa Soja com plantio direto a produtividade da soja, em média, numa área de plantio direto pode ser até 27% maior do que numa lavoura convencional. O sistema diminui ainda os custos de produção, pois com menos revolvimento do solo, reduz número de tratores, gastos com combustível e funcionários.
Em paralelo ao SPD temos ainda o sistema de cultivo convencional. O solo para plantar soja deve ser rico em nutrientes e não ser seco. No cultivo convencional é preciso retirar os resquícios das plantações anteriores, pois eles podem atrapalhar o desenvolvimento dos pés de soja.
O preparo primário do solo (aração e escarificação) deve atingir profundidade suficiente para romper a camada superficial compactada e permitir a infiltração de água. O preparo secundário do solo (gradagens niveladoras), se necessário, deve ser feito com o mínimo de operações e próximo da época de semeadura.
Deve-se, portanto considerar manejo, implemento, profundidade de trabalho, umidade e condições de fertilidade adequados.
Quando o preparo é efetuado com o solo muito úmido, pode haver formação de camada subsuperficial compactada além de haver possibilidade do solo aderir, com maior força, aos implementos (em solos argilosos) até o ponto de impossibilitar a operação desejada.
Se realizado quando muito seco será necessário maior número de gradagens para obter suficiente destorroamento que permita efetuar a operação de semeadura. Caso seja imprescindível o preparo com o solo seco, realizar as gradagens após uma chuva.
ESCOLHA DA CULTIVAR
Há no mercado diversas cultivares de soja disponíveis para as diferentes regiões a partir das suas exigência de solo e clima. Além da produtividade tais cultivares podem apresentar resistência a insetos-praga, doenças, nematoides ou tolerância à seca e geada por exemplo.
AO ESCOLHER NÃO DEIXE DE:
• Verificar se a cultivar tem adaptação à sua região. O Ministério da Agricultura lança anualmente portaria com a lista de cultivares indicadas por cultura e Estado como no exemplo;
• Optar pelas cultivares de ciclo precoce caso tenha interesse em produzir o milho safrinha;
As cultivares são classificadas há muito tempo por seu ciclo, de tardio a superprecoce. No entanto uma nova nomenclatura tem ganhado espaço: a classificação por grupo de maturação, pois permite o refinamento na caracterização do material por permitir uma precisão maior na maturidade.
FIGURA 4: Grupos de maturação de cultivares de soja no Brasil, em função da latitude.
São grupos de maturação que variam conforme a latitude e são identificados por uma numeração assim dispostos:
• Número abaixo de 6.0: super-precoces
• Número entre: 6.0 a 6.5: precoces
• Números próximos de 7.0: ciclo normal
• Número próximo ou igual a 10: tardias
QUALIDADE DA SEMENTE E SEMEADURA
É a semente sem dúvida que leva ao agricultor todo o potencial genético de um cultivar de características superiores. Portanto escolher um fornecedor que garanta a entrega do máximo potencial genético disponível é primordial.
O uso de semente de elevada qualidade (FIGURA 5) permite no campo maiores produtividades resultantes dos avanços genéticos, com qualidade e tecnologias de adaptação nas diversas regiões.
FIGURA 5: sementes de soja de alta qualidade / Fonte: docplayer
Sementes de alta qualidade resultam em plântulas de alto desempenho, que geram plantas fortes, vigorosas, bem desenvolvidas e que se estabelecem em diferentes condições edafoclimáticas, com maior velocidade de emergência e de desenvolvimento da lavoura, culminando no fechamento das entrelinhas rapidamente, propiciando também um controle mais eficiente de ervas daninhas.
FIGURA 6: Destaque de planta dominada em um estande de lavoura de soja, oriunda de semente de baixo vigor. / Fonte: Embrapa Soja
Uma vez adquiridas a semente de boa qualidade deve ser garantida ainda uma semeadura eficaz. Para isso, as sementes de soja devem ser distribuídas uniformemente no plano horizontal, numa profundidade de 3 a 5 cm.
Semeaduras em profundidades maiores dificultam a emergência, principalmente em solos arenosos, sujeitos a assoreamento, ou onde ocorre compactação superficial do solo.
A velocidade ideal de plantio está entre 4 km/h e 6 km/h. Nesse intervalo, a variação de velocidade depende, principalmente, da uniformidade da superfície do terreno. Outros cuidados específicos relativos a semeadora serão abordados num próximo post, não deixe de conferir.
ÉPOCA DE SEMEADURA
A melhor época de semeadura para soja é a que permite, na maioria dos anos, que a implantação da lavoura, o crescimento e a reprodução das plantas ocorram sob as condições favoráveis de umidade e temperatura, conforme exigido por esta espécie.
Conforme a EMBRAPA a Região Centro-Oeste, Rondônia, sul do Tocantins e oeste da Bahia. Tal qual na Região Sul, de modo geral, o período preferencial para a semeadura de soja vai de meados de outubro e 10 de dezembro. Entretanto, é no mês de novembro que se obtém as maiores produtividades e altura de planta adequada.
Em áreas bem fertilizadas e com alta tecnologia, pode-se conseguir boa produção em semeaduras realizadas até 20 de dezembro.
No entanto, em vista dos danos mais severos da ferrugem nas lavouras semeadas mais tarde, a tendência é iniciar a semeadura o mais cedo possível que garanta altos rendimentos, recaindo, na maioria dos casos, em segunda quinzena de outubro e primeira de novembro.
FIGURA 7: Calendário agrícola de plantio e colheita da soja por região.
CONCLUSÃO
Existem inúmeras possibilidades de cultivares no mercado, e cada uma com características específicas para que apresentem seu melhor desempenho a campo.
Entretanto do planejamento à semeadura o acompanhamento adequado é indispensável para que você atinja o sucesso. Deseja saber mais sobre como a Agrointeli pode lhe ajudar a gerir de maneira eficaz sua produção?
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