Sabe-se que o milho pode começar a ser colhido a partir de 30% de umidade, a maioria dos produtores objetivam executar a colheita entre 20 e 27%.
Se a umidade estiver muito alta, muitos grãos são esmagados antes de se soltarem, o que pode aumentar a quebra longitudinal da espiga. Se a umidade estiver muito baixa, porém, o maior acamamento e a maior queda de espigas aumentarão a incidência de injúrias quando a barra do cilindro os atingir.
As perdas durante a colheita podem ser um grande problema na produção de milho. Em um estudo de três anos em Ohio, nos Estados Unidos da América, a perda média na colheita com uma colheitadeira equipada para tal foi 504 kg/ha. As perdas variaram de pouco mais de 134,5 até valores superiores a 1.345 kg/ha, enquanto a perda de espigas inteiras atingiu valores médios de 269 kg/ha.
Esses dados somados significaram algo em torno de 7.263 kg/ha em média, o que representa mais ou menos 4%. Perdas entre 67 e 1.345 kg/ha também foram observadas em Manitoba. As maiores perdas ocorrem quando os colmos dobram e quebram devido à ação de ventos fortes.
Além disso, a maioria ocorre na colheitadeira, de forma que o ajuste cuidadoso e a operação do maquinário são críticos. Vários ajustes e práticas de colheita devem ser somadas para comprometer minimamente a colheita final.
Informações sobre regulagem apropriada para sistemas de colheita específicos podem ser obtidas no revendedor ou mesmo no manual de operação.
SECAGEM DO GRÃO DE MILHO
A secagem artificial é a maneira tradicional de preparar os grãos colhidos para o armazenamento. O milho é descascado apenas quando o teor de umidade atinge valores inferiores a 30%, mas, para armazená-lo com segurança, a umidade deve ser reduzida ainda mais, para 14-15%.
Considerações para a operação do secador de milho estão disponíveis na Manitoba Agriculture, Food and Rural Initiatives ou no manual do operador.
A qualidade do grão é o fator que pode ser mais facilmente controlável pelo operador do secador. Problemas de qualidade são identificados em três áreas: fragilidade, danos por aquecimento e redução do valor alimentar. Secagem rápida e altas temperaturas fragilizam o grão. Fendas de tensão, que se desenvolvem quando o gradiente de temperatura através massa é muito alto, levam à quebra no manuseio.
Danos devido ao calor, quebras e trincas de tensão resultarão em grãos classificados com nota inferior. Embora isso não reduza seu valor no mercado de ração animal, é motivo de preocupação no mercado de exportação e na indústria de moagem úmida.
O milho seca à medida que a umidade evaporada da superfície do grão. No início da secagem, o ar aquecido remove a água superficial. Essa primeira camada de água pode ser removida rapidamente e com relativamente pouco uso de energia.
À medida que o grão seca, a umidade deve ser extraída de profundidades progressivamente mais no interior do grão. Em secadores de alta temperatura, a água não se move do interior para a superfície tão rapidamente quanto está sendo evaporada. As camadas externas do grão, então, ficam extremamente secas enquanto o centro permanece úmido.
Uma vez que isso aconteça, o ar quente em fluxo através da massa de grãos coleta apenas uma pequena fração da umidade que poderia ser removida. Assim, o combustível é utilizado de forma ineficaz nos estágios finais de secagem em uma unidade de alta temperatura (ou seja, após a umidade ter atingido valores entre 18 e 20%).
RACHADURAS DE ESTRESSE NO MILHO
Grãos quebrados por estresse mantêm suas diferentes partes unidas apenas por um pericarpo fino ou pele que os envolve. Embora essa união possa se manter por tempo suficiente até o grão ser bem classificado na inspeção inicial, o pericarpo é facilmente rompido durante o manuseio. Estresse severo pode tornar o milho inadequado para usos industriais e limitar as oportunidades de exportação.
Essas rachaduras resultam principalmente do rápido resfriamento do milho previamente aquecido. Quando o grão submetido a altas temperaturas é resfriado rapidamente, o que acontece na maioria dos secadores de fluxo contínuo, as suas camadas externas ficam frias, enquanto o interior permanece quente. As tensões resultantes fazem com que o grão se quebre.
Se o milho for destinado a mercados industriais ou de exportação, deve-se considerar os sistemas que reduzem a quebra de tensão, como secagem a seco, secagem a baixas temperaturas e sistemas de altas-baixas temperaturas.
DANO QUÍMICO
Se as temperaturas aplicadas forem muito altas, as alterações químicas no amido fazem com que ele se torne pegajoso e se ligue à proteína do grão. Isso pode reduzir a adequação da matéria-prima para muitos usos. Por exemplo, a separação do amido do resto do grão durante o debulhamento se torna mais difícil.
SECAGEM A BAIXA TEMPERATURA
Na secagem a baixa temperatura, o milho é seco com ar não aquecido, ou ligeiramente aquecido, até estar com umidade mais baixa e suficientemente frio para armazenamento a longo prazo. Esta secagem ocorre durante um período de várias semanas ou meses.
Em alguns casos, o milho pode não estar seco o suficiente para armazenamento seguro além do inverno. Aeração adicional na primavera pode ser necessária para completar o processo de secagem, a menos que o milho possa ser vendido antes da temperatura se elevar.
Secagem a baixa temperatura é uma corrida entre a taxa de secagem e a taxa de deterioração dos grãos devido ao desenvolvimento de mofo (fungos). Essa secagem elimina completamente os danos causados por superaquecimento e rachaduras por tensão.
E é bastante adequada para a produção econômica de milho de qualidade, na qual 400 toneladas ou menos devem ser secas, embora tenha sido aplicado em quantidades muito maiores em algumas situações. A principal desvantagem é que a maioria das fazendas não tem energia elétrica para lidar com grandes secadores de baixa temperatura.
O gerenciamento cuidadoso é essencial para garantir que a secagem seja concluída antes que ocorram danos devido à presença de mofo. Em particular, o milho deve estar limpo e livre de danos para garantir um movimento uniforme do ar.
SOBREAQUECIMENTO
O milho é considerado seco com 15,5% de umidade, embora alguns mercados exijam teores ainda menores. Como não há ajuste de preço para o milho com teor de água mais baixo, a comercialização com umidade muito abaixo disso cria uma perda de renda potencial para o produtor. O milho não deve ser seco mais do que o necessário para garantir o armazenamento seguro e atender as exigências do mercado quanto à umidade.
ARMAZENAMENTO DE MILHO EM GRÃO
O milho deve ser armazenado de maneira a preservar sua qualidade, independentemente se mantido para alimentação animal ou para fins industriais.
O milho pode ser vendido imediatamente após a colheita e a secagem, mas o armazenamento para posterior comercialização pode ser vantajoso.
O armazenamento permite que o produtor aproveite as mudanças de preço ao longo do ano e, quando na fazenda, também oferece maior flexibilidade na escolha dos mercados.
No entanto, o armazenamento aumenta o custo da produção de milho por meio do aumento dos custos gerais ou de capital, dos custos de secagem e manuseio e dos juros.
AERAÇÃO
Um dos maiores problemas no armazenamento é a migração da umidade através da massa de grãos, devido às diferenças de temperatura entre diferentes pontos.
Isso ocorre com mais frequência quando a diferença de temperatura entre a massa de grãos e o ar externo é maior que 10-12°C.
A migração de umidade resulta em condensação de água e o surgimento de bolsões de deterioração. Massas de grão abaixo de 25 T esfriam uniformemente, enquanto quantidades maiores exigem aeração.
A aeração deve começar assim que o milho for colocado em estoque e continuar periodicamente até que o grão atinja uma temperatura de armazenamento segura. Esse resfriamento deve ser feito em etapas de 3 a 5°C, à medida que as temperaturas externas caem. Para cada etapa, areje até que o ar que sai do grão tenha a mesma temperatura do ar externo. Isso garantirá que todo o grão tenha sido resfriado.
Durante o inverno, o milho deve ser checado semanalmente quanto a mudanças de temperatura e a presença de pontos de aquecimento. Acione o ventilador brevemente e registre a temperatura do ar que sai do compartimento. Anote quaisquer odores incomuns.
Compare os resultados com as leituras anteriores para ver se algum problema está ocorrendo. Sob algumas condições, pode ser necessário arejar durante o inverno para restabelecer uma temperatura uniforme dentro da massa.
Na primavera, o milho deve ser arejado para aquecer lentamente. Isso também deve ser feito em etapas, mantendo a temperatura dos grãos dentro de 10°C da temperatura média externa. O aquecimento deve começar em março. Areje em dias frios e secos para reduzir a condensação. Nunca retire ar quente e úmido através de grãos frios, pois a condensação resultante causará deterioração.
PREVENÇÃO DE DESTRUIÇÃO DE GRÃOS
Danos causados por fungos podem ser evitados pela secagem adequada e arejamento do milho, conforme descrito acima. No entanto, danos consideráveis também podem ser causados por infestações de insetos que podem ocorrer no grão seco. Insetos estão presentes na maioria dos sistemas de manuseio de grãos e é quase impossível eliminá-los completamente.
No entanto, a perda de danos causados por insetos pode ser reduzida ao mínimo usando-se o seguinte programa:
- Remova toda a sujeira e os grãos velhos das paredes, tetos, pisos e dutos de ventilação antes de reabastecer o silo;
- Repare rachaduras pelas quais insetos possam entrar;
- Pulverize, dentro da unidade armazenadora, um inseticida residual, pelo menos uma semana antes da nova armazenagem;
- Nunca armazene a nova massa em cima da antiga, pois os insetos passarão do grão antigo para o novo;
- Reduza a temperatura o mais rápido possível. Insetos não podem se reproduzir em temperaturas abaixo de 18°C;
- Verifique os grãos armazenados regularmente para detectar pontos de aquecimento;
-
Fumigue infestações perigosas de insetos.
INTELIGÊNCIA NO CAMPO SE REFLETE NO SILO
Melhores cuidados durante o cultivo implicam maior adequabilidade do grão à secagem e ao armazenamento, pois chuvas, geadas, altas temperaturas, veranicos ou friagem em estádios fenológicos inapropriados podem tornar a massa de grãos mais suscetível a quebras.
Consequentemente, a agricultura de precisão, através do monitoramento remoto, é uma ferramenta que pode reduzir o risco desses problemas, através de um melhor planejamento das atividades, uma vez que torna possível o conhecimento em tempo real dos índices de chuva, velocidade do vento, umidade do solo e variações de temperaturas.
As plataformas de melhor qualidade no mercado permitem, até mesmo, o imageamento de talhões, o que facilita a detecção de ataques de pragas e doenças em campo que afetam a qualidade do grão na unidade armazenadora.
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