Cigarrinha do milho controle químico: Veja agora como fazer o manejo.
Você sabia que a cigarrinha do milho pode causar prejuízos e perdas de mais de 90% da lavoura?
Se você faz parte dos produtores que investem nessa cultura, conhecer melhor a praga e suas formas de controle é a melhor maneira de proteger suas safras e garantir boas produtividades.
O que antes era um problema exclusivo dos produtores de sementes, hoje se tornou praga principal do cereal, acometendo todas as regiões do Brasil onde ele é cultivado.
Além de causar danos diretos pela sucção de seiva da planta, a cigarrinha do milho também é vetora de doenças severas como enfezamento vermelho, enfezamento pálido e virose do raiado fino.
Além disso, o difícil controle dessa praga faz com que apenas um método não seja suficiente para evitar os danos econômicos, sendo essencial um bom monitoramento e diferentes estratégias de prevenção.
Quer saber mais sobre como proteger sua lavoura de maneira eficiente e quais os principais fundamentos do controle químico da cigarrinha do milho? Continue a leitura e confira!
(Fonte: Aristides Garcia)
Danos e prejuízos causados pela praga cigarrinha do milho
A cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) é um inseto sugador que causa lesões diretas nas plantas, mas o principal desafio dos produtores está relacionado aos danos indiretos da praga.
(Fonte: Embrapa)
Além de lesionar o tecido vegetal, a cigarrinha é transmissora de um microrganismo semelhante as bactérias, chamado molicute.
(Fonte: Phytusclub)
Os molicutes causam doenças severas como enfezamento vermelho, enfezamento pálido e raiado fino. O nível de dano que essas doenças causarão está diretamente ligado a fase de desenvolvimento das plantas, como exemplifica a imagem a seguir.
Nas fases iniciais, de v1 a v5, os impactos negativos são ainda mais determinantes para a lavoura. Por isso, grande parte das medidas de controle devem ser realizadas nesse período caso haja a incidência do inseto na área.
Os sinais do enfezamento no milho incluem internódios curtos, pouca raiz e redução na produção de grãos. Os sintomas visuais podem ser observados na imagem abaixo, onde há a presença do enfezamento pálido a esquerda e o enfezamento vermelho a direita.
(Fonte: Biogene)
De acordo com a Embrapa, os principais prejuízos das doenças da cigarrinha do milho para a lavoura são:
- Internódios encurtados;
- Falhas na granação da espiga;
- Espigas pequenas;
- Plantas pequenas e improdutivas;
- Maior sensibilidade a seca;
- Grãos murchos;
- Brotamento nas axilas das folhas;
- Má formação na palha das espigas;
- Proliferação das espigas;
- Proliferação das radículas;
- Colonização de outros patógenos;
- Perda total da produção.
Além dos enfezamentos, outra doença comum e perigosa transmitida pela cigarrinha do milho é o raiado fino, causado pelo agente Maize rayado fino – MRFV.
Os sintomas dessa virose incluem pequenos pontos de clorose na base e nas nervuras das folhas mais jovens. Com a evolução da doença, os pontos se fundem e formam riscas curtas, como mostra a imagem a seguir:
(Fonte: Wagner Gusmão)
Essas três doenças principais podem acontecer de maneira alternada ou simultânea, gerando grande alerta para os produtores que podem sofrer com perdas médias de 70% da produção, podendo chegar a mais de 90%.
5 fundamentos para ter sucesso no controle químico da cigarrinha do milho
A base para o controle efetivo da cigarrinha do milho é saber como utilizar várias estratégias em conjunto, pois apenas o controle químico não é capaz de conter os danos econômicos.
A seguir listamos 5 fundamentos principais para que o controle químico seja eficiente e econômico, reduzindo custos e refletindo na rentabilidade de sua lavoura. Confira!
1.Tratamento de sementes
O tratamento de sementes tem se mostrado essencial na missão de controlar a cigarrinha do milho. Além de oferecer uma proteção inicial, essa prática ajuda a reduzir a população da praga em geral.
Ao investir nessa tecnologia, suas plantas estarão mais fortes e resistentes no momento da emergência, período em que o inseto causa danos maiores para a cultura.
2.Controle cultural
Além da escolha de boas sementes, a preparação do local de plantio e manejo ao longo dos ciclos também é um dos fundamentos para evitar prejuízos.
A cigarrinha de o milho atinge tanto a primeira quanto a segunda safra, e em praticamente todas as regiões do país. Por isso, é importante realizar a limpeza da área, removendo plantas voluntárias na entressafra que possam abrigar patógenos que contaminam os insetos-praga.
A rotação de culturas também é uma boa estratégia para quem escolhe cultivares resistentes. Alternar entre níveis de proteção diferentes ajuda a evitar a seleção de insetos resistentes e a criação de uma superpopulação na área.
Além disso, evitar realizar o plantio tardio e subsequente e concentrar as épocas de semeadura são outros tipos de controle cultural relevantes para o controle da cigarrinha.
3.Controle químico no início do desenvolvimento do milho
Os métodos de controle químico são sim importantes e eficientes para reduzir as chances de danos na lavoura por enfezamentos e raiado fino. No entanto, vale a pena ressaltar que até mesmo a aplicação de defensivos deve ser feita no momento certo e da maneira correta para realmente funcionar.
Como já citamos anteriormente, a lavoura de milho sofre danos piores quando é atacada em suas fases iniciais. Por isso, a aplicação de defensivos deve ser feita entre os períodos v4 e v12.
Mas atenção, pulverizar a área sem critérios só piorará a situação e aumentará os gastos de produção, atingindo diretamente o lucro de sua safra.
Nesse caso, a estratégia que tem funcionado de maneira promissora nos milharais brasileiros é o Manejo Integrado de Pragas (MIP).
O objetivo do MIP é evitar gastar com aplicações sem necessidade e em momentos errados, preservando o equilíbrio entre pragas e seus inimigos naturais e promovendo a sustentabilidade da produção.
Os benefícios do manejo integrado de pragas incluem reduzir a necessidade de usar produtos químicos ao longo do tempo e tomar decisões mais assertivas e vantajosas para a produtividade no campo.
Para isso, o produtor pode optar por introduzir agentes biológicos predadores da praga na lavoura, ou até mesmo selecionar outros métodos não-químicos para reduzir a densidade populacional, como armadilhas comportamentais.
Além disso, também é possível adotar técnicas de controle biológico como alternativa para conduzir o MIP, utilizando produtos que possuem o fungo Beauveria bassiana como ingrediente ativo.
4.Gestão e monitoramento constante
Independentemente de quais métodos de controle você escolher utilizar, eles só garantirão bons resultados se a gestão e o monitoramento forem prioridade em sua propriedade.
Principalmente no caso da cigarrinha do milho, detectar a presença dos insetos na lavoura no início da infestação será determinante para evitar perdas na produtividade e danos financeiros em suas safras.
Mesmo realizando o controle químico da cigarrinha do milho nas fases iniciais de desenvolvimento das plantas, as lesões e infecções podem perdurar até a fase vT.
Por isso, o monitoramento deve continuar sendo realizado ao longo de todo o ciclo da cultura, facilitando a tomada de decisões ágeis e a escolha de soluções assertivas para preservar o equilíbrio do agroecossitema.
Dentro do manejo integrado de pragas, a cigarrinha do milho não tem um nível de dano econômico (NDE) definido. A adoção de técnicas preventivas e o monitoramento é o que determinará a quantidade e o momento das pulverizações, variando de região para região.
Uma nova aliada ao controle de pragas e doenças no campo: a tecnologia
Quando o assunto são pragas de difícil controle e com danos diretos e indiretos, prevenir é realmente melhor do que remediar. Por isso, se você não deseja evitar dores de cabeça com a cigarrinha do milho, investir em um bom sistema de gestão e acompanhamento de sua propriedade é de extrema importância.
A tecnologia tem sido a melhor aliada dos produtores rurais que desejam extrair o máximo de produtividade de suas lavouras de maneira sustentável.
Para isso, vale a pena estar atendo às novidades sobre dispositivos de monitoramento, como mapas NDVI, drones e sensores para identificação de danos, pragas e doenças no campo.
As inovações do agro 4.0 e da agricultura digital tem revolucionado a forma com que os produtores conduzem suas fazendas, reduzindo custos e desperdícios, otimizando a produção e melhorando a qualidade do produto final.
E o melhor, você, produtor rural, pode ter acesso a essas e muitas outras informações importantes do seu negócio na palma de suas mãos, por meio de tablets, computadores e até mesmo celulares.
Já imaginou poder monitorar a fazenda de qualquer lugar e em tempo real? Essa é a melhor forma de estar sempre preparado para lidar com vilões que agem rapidamente no campo, como é o caso da cigarrinha do milho!
Você já conhecia a importância desses fundamentos para o controle químico da cigarrinha do milho? Gostaria de opinar sobre o assunto? Deixe o seu comentário abaixo!
Quando foi feita esse postagem? Quero utilizar como referência.
Foi postada no dia 15 de julho de 2020. Se tiver problemas como esse novamente tente usar um desses métodos: https://pt.wikihow.com/Encontrar-a-Data-de-Publica%C3%A7%C3%A3o-de-um-Site#:~:text=Procure%20embaixo%20do%20t%C3%ADtulo%20do%20artigo%20ou%20da%20postagem.&text=Por%20isso%2C%20procure%20pela%20data,baixo%20para%20procurar%20a%20data. 🙂
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