Aplicação de produtos fitossanitários na pulverização em quatro etapas

​Hoje, vamos aos bastidores para aprender sobre a aplicação de produtos fitossanitários na fazenda da família Casper, perto do Lago Preston. Há muita coisa a fazer para garantir que os defensivo sejam aplicados de maneira efetiva e segura antes mesmo de chegar ao campo.

Observemos as principais etapas a seguir:

1° PASSO: SEGURANÇA EM PRIMEIRO LUGAR

A segurança vem em primeiro lugar para Paul Casper e sua família, que cultivam cerca de 1.821 ha de soja e milho perto de quatro lagos de Dakota do Sul, nos Estados Unidos da América.

“Levamos a pulverização mais a sério do que o plantio e a colheita”, disse ele. “Isto é sobre ser um bom vizinho, garantir que nossos filhos e netos estejam em segurança e cultivar alimentos saudáveis.

Todos nós podemos nos sentir bem a respeito daquilo que comemos”.

São requisitos de segurança a correta certificação para a aplicação dos defensivos , o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) durante o manuseio e saber a quantidade e o tempo correto de aplicação para cada produto.

O pulverizador de Paul tem até um escudo de cabina para que sua neta, Madi, possa andar junto com seu pai, Drew, no campo.

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Conjunto Herbicida para Aplicação de Agrotóxico

De acordo com Paul, muitos dos produtos e práticas de segurança que ele usa não diferem daquilo que os jardineiros fazem, pois se trata apenas de uma escala maior para as mesmas atividades.

De fato, a esposa de Paul, Korlyn, é uma jardineira que usa alguns dos mesmos produtos para garantir a sanidade de suas plantas.

“Encontramos insetos em nossos tomates e batatas. Se não utilizássemos defensivos, nossas frutas e verduras seriam comidas “, explicou Paul.

Toda a família gosta de colher lanches frescos e saudáveis ​​do jardim. Eles apenas os lavam primeiro para eliminar qualquer sujeira, microrganismos e resíduos de defensivos.

2° PASSO: IDENTIFICAR A PRAGA E COMO COMBATÊ-LA

Os Caspers podem ser certificados para aplicar todos os tipos de defensivos em suas lavouras.

Mas, só porque podem, não significa que eles fazem. Primeiro, Paul e Drew empregam a rotação de culturas, o cultivo mínimo e usam sementes transgênicas para tentar evitar problemas antes mesmo que eles comecem.

“Eu prefiro tratar um problema específico e cuidar dele cedo, em vez de aplicar os produtos fitossanitários nas plantações no meio do verão.

Os OGMs nos ajudam a ser mais precisos e eficientes com os defensivos e ainda garantem que as plantas cresçam saudáveis​​”, disse Paul. Os campos de aferição também os ajudam a identificar e lidar com os problemas no início.

Este ano, uma erva daninha conhecida como buva (ou voadeira)  invadiu a plantação. Paul e Drew tiveram que agir rápido para controlá-la e conversaram com seu consultor sobre possíveis soluções.

Ele os ajudou a identificar a espécie e recomendou um herbicida de contato e de rápida absorção para maximizar a segurança da aplicação, que foi feita depois de alguns dias de espera pelas condições climáticas adequadas.

3° PASSO: ESPERE PELO CLIMA IDEAL

O dia ideal para as pulverizações é aquele com clima seco e quente, velocidade do vento inferior a 15 km/h e sem previsão de chuva imediata. A umidade do ar deve estar entre 50 e 60% e a temperatura não pode ser superior a 32°C.

Isso evita que a as gotículas da calda pulverizada permaneçam no ar e se desloquem para áreas próximas.

Se as condições climáticas não estiverem corretas, Paul e Drew aguardam outro dia para pulverizar.

“Não vale a pena correr o risco”, disse Paul.

Felizmente, o acompanhamento meteorológico de todo a fazenda, em tempo real, é possível hoje, pois já existem empresas confiáveis no mercado brasileiro que prestam serviços de monitoramento com altíssima precisão.

Algumas plataformas da agricultura digital são capazes de dar alertas sobre a possibilidade de chuvas, geadas e estiagens por talhão.

O acesso remoto, a partir de dispositivos eletrônicos, facilita a tomada de decisão por parte dos técnicos e permite o planejamento das aplicações.

4° PASSO: MISTURE COM ÁGUA E APLIQUE

Uma vez que todas as condições estejam adequadas, é hora de transportar os produtos para a fazenda, misturá-los com água nos tanques e bombeá-los no pulverizador. Então, eles vão para as áreas com lavouras em crescimento para posterior pulverização.

Para o herbicida recomendado para controle da buva ou voadora, Paul e Drew misturam, aproximadamente, 68 L de herbicida, 3.786 L de água e um produto especial à base de soja que aumenta a aderência e a absorção foliar do produto.

Essa mistura protege aproximadamente 28 ha da lavoura.

Isso pode parecer muito, mas acontece que a quantidade real de defensivo aplicado por hectare é muito menor do que você imagina.

“Isso equivale a um café com leite médio espalhado por uma área do tamanho de um campo de futebol.

A maior parte do que você vê sendo pulverizado no campo é água”, explicou Paul.

O caminhão de água fica próximo ao pulverizador e, quando cheio, pode cobrir uma área aproximada de 202 ha.

Segundo Paul, o pulverizador é o melhor equipamento que possuem.

Não só possui recursos de segurança que protegem sua família, mas também está equipado com tecnologia de precisão para proteger as famílias que vivem em torno de sua fazenda.